terça-feira, 28 de abril de 2009

MANIFESTAÇÃO CONTRA NOVO CÓDIGO AMBIENTAL

MANIFESTAÇÃO CONTRA NOVO CÓDIGO AMBIENTAL SC

DATA: 05/05/09 -TERÇA FEIRA
ENCONTRO NO HALL DA REITORIA – UFSC AS 09:30
MARCHA ATÉ A CASA DO GOVERNADOR PARA ENTREGAR A CARTA DE REPÚDIO AO NOVO CÓDIGO AMBIENTAL
(A MARCHA DEVE SER INICIADA POR VOLTA DO MEIO DIA)


ESCLARECIMENTO SOBRE NOVO CÓDIGO AMBIENTAL

(com a participação de professores e interessados)

DATA: 30/04/09 - TERÇA FEIRA
LOCAL: TEIXERÃO ( AUDITÓRIO LOCALIZADO NO CENTRO TECNOLÓGICO-CTC- UFSC)
HORÁRIO: 18:30

sábado, 18 de agosto de 2007

por Tadeu Meyer Martins (tadeu.meyer@gmail.com)
Colaborou Alexandre Montenegro (alex.ises.br@gmail.com)


Uma região da Espanha visitada pelo governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira (LHS), em março último, foi tema de artigo da Folha no domingo (5/8): "Boom imobiliário destrói litoral espanhol". Opa! Que coincidência com a situação vivida em Florianópolis!

E o artigo continua: "Quase 400 prefeituras estão sob investigação por obras irregulares, muitas em praias sob proteção ambiental; cinco prefeitos estão presos". Alguma semelhança com a Operação Moeda Verde?

Segundo artigo publicado no site do Governo do Estado de Santa Catarina, LHS comemorava, em março último, a decisão de um grupo espanhol [!] de investir em um grande complexo turístico em Santa Catarina, com uma estrutura de até dez vezes o tamanho do projeto de Jurerê Internacional [!!].

No artigo da Folha aparece a cidade expoente da prosperidade espanhola. "O maior foco dessa corrupção é um antigo reduto do jet-set europeu, Marbella, na Costa do Sol, ao sul do país, onde um prefeito foi deposto em 2002 e seus dois sucessores estão presos por corrupção e abusos urbanísticos".

O artigo “Governador aponta entraves”, publicado no jornal A Notícia, em 27 de março de 2007: "O novo complexo turístico ficaria sediado em Governador Celso Ramos, com estrutura semelhante à encontrada pela comitiva de Luiz Henrique em Marbella [uau!], na Espanha, incluindo um terminal para transatlânticos e marina para mais de 500 barcos".

Nosso governador é ou não é um piadista? Pena que o palhaço da história não seja ele.

Em tempo: LHS ganhou em 2006 o Prêmio Motosserra de Ouro, da Rede de ONGs da Mata Atlântica. Segundo a Fundação SOS Mata Atlântica, Santa Catarina foi líder em desmatamento do bioma entre 2000 e 2005, período em que aumentou seu índice de desmatamento em 8%, equivalente à supressão de 48 mil hectares de florestas. Outros sete Estados, juntos, desmataram 46 mil hectares.

Fonte: http://ises-do-brasil.blogspot.com/2007/08/operao-moeda-verde-verso-espanha.html

("Se em Marbella pode, pq aqui não pode??") -> vide entrevista Luiz Henrique TVBV.

terça-feira, 3 de julho de 2007

Pesquisa de opinião pública

Jornal do Almoço (RBS) de hoje:



E ao final do programa:



Tenham um bom dia!


segunda-feira, 2 de julho de 2007

Cacau Menezes - DC 01/07/2007

Contra

Não demorou e já apareceram os que são contra o porto de Florianópolis, uma Ilha que não pode ter porto, marinas e trapiches. No blog intitulado "Moeda Verde - O blog da denúncia contra o estupro ambiental em Florianópolis" tem uma postagem botando o nosso porto sob suspeita, com diversos "desabafos" - lá os comentários têm este nome - descendo o pau no projeto com toda a sorte de especulações negativas.



Cacau, você tem que ler as coisas com mais atenção. Ou pelo menos verificar novos textos no blog antes de publicar notícias de uma semana atrás, guardadas "na manga" pra tapar buraco em coluna de jornal. Tarefa de casa para você:

1. Releia logo abaixo a postagem sobre o porto turístico e me diga onde você encontrou algo que coloque o projeto "sob suspeita".

2. (Re)leia o post que foi publicado em seguida (aliás, há 5 dias atrás), sobre os comentários que o texto recebeu.

Seu trabalho é apreciado e muito bem-vindo por aqui. Só peço que preste mais atenção nas próximas!

Abrassss!


quarta-feira, 27 de junho de 2007

Koxixo's em Blumenau + viagens pelo mundo

E pelo visto nosso governador continua empenhado em confabular tramóias, sempre, é claro, acompanhado de ótimas parcerias.

Neste último sábado ocorreu, em Blumenau, a Noite de Gala Catarinense, um evento beneficente promovido pela tal da Neusa Manzke Hoemke (prêmio pra quem conseguir pronunciar), colunista social. Luiz Henrique marcou presença com a primeira-dama, e na mesa ao lado estava, adivinhem, nosso querido Marcondes & esposa. Foi uma noite inteira de cochichos ao pé do ouvido, coisa nada apropriada de se fazer em público, ainda mais com um ex-cárcere. Sabemos, entretanto, que eles têm mais de 15 anos de idade, e o assunto devia ser deveras importante para se exporem assim... preparem-se para alguma nova bomba nas próximas semanas.

Por falar em bomba, olha a manchete do jornal de Santa Catarina: "Luiz Henrique viaja pela quarta vez no semestre". Alôôôu RBS, 4ª vez?! O LHS passa o dia todo viajando, e viajando bonito! Mas agora falando sério, olha o governador turista que nós temos:

- MARÇO: Espanha, Alemanha e França;
- MAIO: Estados Unidos e França novamente;
- JUNHO: tá indo HOJE passar 11 dias na Itália e três em Portugal.

Porra, ONZE dias na Itália?? Precisa de tanto pra dizer que a gente tem carne sem aftosa?? Ah, mas isso não é o pior! O pior é que ele tá levando junto uma "corja oficial" composta por 7 parlamentares e 5 empresários... pelo visto tão carregando uns bois junto pra comprovar que a carne é de primeira!

Depois dizem que eu implico com ele, mas é pra menos??



Que L-U-X-O! Não causou "frisson", mas deu até um arrepau no piu!


Porto Turístico - Abertura para diálogo?

Prezados leitores,

Sobre os comentários que a postagem abaixo teve, acho que devemos primeiro conhecer o projeto para depois termos o direito de criticá-lo.

Sair assim metendo pau em qualquer coisa que apareça na nossa frente é o que acaba abrindo brecha para alguns taxarem o movimento ambientalista de radicalista, ecoxiita, entre outros elogios divertidos.

Muito provavelmente esse tipo de comportamento (o de meter pau em tudo) se deva ao tanto que a população florianopolitana já levou tapa na cara com o menosprezo que a maioria dos empreendimentos está acostumada a tratar o meio ambiente na ilha, mas vamos tentar ter um pouco de calma e agir civilizadamente.

O próprio empreendedor está disposto a dialogar e esclarecer dúvidas sobre o projeto, tendo inclusive já postado comentários na notícia abaixo. O cara é aberto, fez até uma comunidade no "orkut" onde ele conversa com as pessoas que têm dúvidas sobre o projeto. É raro termos empreendedores que, diabos, tenham o empenho de entrar num BLOG pra defender seu projeto e dizer cara-a-cara aos visitantes que está aberto a sugestões e críticas sobre seu empreendimento.

Talvez esta seja a primeira oportunidade de se planejar um projeto que tenha a participação real da comunidade, sendo discutido e modificado exaustivamente até que se chegue à conclusão de que ele se tornou um empreendimento ecologicamente viável e pode ser executado, ou à conclusão de que é uma bomba e tem que ir pra gaveta.

Custa conversar?

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Porto Turístico de Florianópolis

Segue abaixo contribuição via e-mail de Marcus Phoebe Farias sobre a última "sensação" do momento. Leiam as reportagens, consultem os sites, dêem sua opinião. Análises de profissionais do ramo ambiental sobre o novo projeto são bem-vindos via email.

Um Porto Turistico de Florianópolis está sendo cogitado, e já passou inclusive pela mesa do vice-governador, sendo a sua concretização incentivada pelo atual governo.

O projeto visa a construção de um terminal para transatlânticos, a ser instalado no estreito, junto à beira-mar continental e próximo à Ponta do Leal. Para tanto, parte do canal que vai da ponte Hercilio Luz até a extremidade norte da ilha será dragada.

Maquete eletrônica:
www.portoturisticodeflorianopolis.blogspot.com

Segue alguns links onde podemos encontrar conversas e divulgações do tal projeto orçado em 60 milhões de Euros:

Jornal A Notícia:
http://www.an.com.br/colunistas/2007/abr/27/0ben.jsp

http://www.sc.gov.br/clipping_governo/coluna_int.asp?str_data=05/05/2007&str_retorno=clipping.asp&cd_coluna_desc=2481

Conversa com Leonel Pavan
http://www.leonelpavan.com.br/noticias/noticias.cfm?noticia=938

Fotos do dia 04




Fotos: Nina Zanella

segunda-feira, 11 de junho de 2007

CPI: depoimentos abertos ao público

Começam hoje os depoimentos dos funcionários públicos envolvidos na Operação Moeda Verde. As audiências se referem à CPI que foi instalada na Câmara de Vereadores e são abertas ao público! Quem quiser ver de perto, basta dar uma chegada na Câmara, ao lado da Praça XV.

Confira a programação teatral e escolha o espetáculo de sua preferência. Note que nem todo mundo aí embaixo é do mal.

Hoje
14h - Carlos Amastha, ex-empreendedor do Floripa Shopping
16h - Itanoir Cláudio, chefe de gabinete de Juarez Silveira
Terça-feira
14h - Paulo César Maciel da Silva, sócio do Shopping Iguatemi
16h - Paulo Toniolo Júnior, empresário, dono da DVA Veículos
Quarta-feira
14h - Renato Juceli de Souza, ex-secretário de Urbanismo e Serviços Públicos (Susp)
16h - Jaime de Souza, procurador do município
Quinta-feira
9h - Júlia Vergara, delegada da Polícia Federal
14h - Walmor Alves Moreira, procurador da União
Sexta-feira
9h - Juarez Silveira, vereador
14h - Marcílio Ávila, vereador licenciado, atual presidente da Santur

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Agenda pro Dia Mundial do Meio Ambiente (05/06)

EVENTO Nº1 - MANHÃ (9h)

O Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFSC, CALESA, EJESAM e NEAMB estão organizando uma caminhada até a área destinada ao futuro Jardim Botânico de Florianópolis. Esta atividade tem como objetivos:

1) Plantar mudas de árvores nativas no local do futuro jardim e com este ato apoiar o lançamento do JARDIM BOTÂNICO;
2) Alertar a população, através do plantio das árvores, a importância de ações para a redução da emissão de gases que contribuem com o aquecimento global.

Assim, convidamos toda a comunidade a participar deste ato, que será realizado no dia 05/06/2007 (terça feira). A concentração terá início às 8:30 hs em frente ao departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental (CTC - UFSC), e a caminhada às 9:00 hs.

PARTICIPE!
COMISSÃO ORGANIZADORA


EVENTO Nº2 - FINAL DA TARDE (17h)

GRANDE ATO A FAVOR DO MEIO AMBIENTE
Venha participar e lutar por nossa maior riqueza.

Local: Em frente ao Shopping Iguatemi, 17:00
Ponto de saída: UFSC (concha acústica) às 16:30

Haverá o plantio de mudas nativas às margens do Rio Sertão. Venha de verde para caracterizar nosso movimento ambientalista!

+info (post anterior)

sábado, 2 de junho de 2007

É rir pra não chorar.

E-mail recebido de certa figura anônima sobre a transcrição da palestra do LHS na FIESC. Não tinha como não postar essa pérola aqui, dêem uma lida e tenham um sábado mais divertido. Os fantásticos erros gramaticais e de concordância foram inalterados!


----- Mensagem original ----
De: Curso Turismo Estácio Estácio (estacio_turismo@yahoo.com.br)
Enviadas: Sexta-feira, 1 de Junho de 2007 18:25:54
Assunto: Resposta...

Acho que como outras pessoas que tem cerebro, e tambem tomo meus drinks, socialmente, (quem não gosta, que atire a primeira pedra). Achei a palestra do nosso ilustríssimo governador do Estado, que com todos os méritos, uma pessoa de um gande nível cultural e social o sr. Luiz Henrique da Silveira,que foi excelente na sua palestra e de uma realidade fantástica.
Que maravilha seria podermos por em prática tais projetos de evolução e erriquecimento para o Estado de Santa Catarina.. Quem sabe, um dia ,talvez, nossos netos ou bisnetos, ou até tataranetos, consigam tirar isto do papel, quem sabe até lá esses, que se consideram com cerebro e preservadores não sei de que, já tenham morrido. E aí vem a turminha dos nosso netos, bisnetos, de pessoas que tem cerebro.
Fiquei, altamente imprecionado com a falta de ética profissional e cultural desta pessoa com cerebro. Que na realidade deve morar no meio do mato, pois não gosta de progresso.Deve ser vizinho do tarzan.
Sou um simples contribuinte, uma pessoa de bem e com vontade de crescer e ver o progresso e enriquecimento de noso estado, portanto desejo ao nosso ilustre governador Sr, Luiz Henrique da Silveira, que Deus, aliás, só Deus poderá ajudá-lo, pois tem uma turma de mané que prefere morrer no marasmo das coisa simples.

-------------------------------------------------------


Fique tranqüilo! Como a água que você bebe estará fedendo a agrotóxico de campo de golfe, será muito improvável que você chegue a ter filhos!

Abracetas, e volte à aula pra aprender a escrever. Aliás, a coisa tá feia... acho que "só Deus poderá ajudá-lo" hehehe... eita cambada!


sexta-feira, 1 de junho de 2007

Milho aos Pombos

Enquanto esses comandantes loucos ficam por aí
queimando pestanas organizando suas batalhas
Os guerrilheiros nas alcovas preparando na surdina suas mortalhas
A cada conflito mais escombros
Isso tudo acontecendo e eu aqui na praça
dando milho aos pombos
Entra ano, sai ano, cada vez fica mais difícil
o pão, o arroz, o feijão, o aluguel
Uma nova corrida do ouro
o homem comprando da sociedade o seu papel
Quando mais alto o cargo maior o rombo [demais hehehe]
Eu dando milho aos pombos no frio desse chão
Eu sei tanto quanto eles se bater asas mais alto
voam como gavião
Tiro ao homem tiro ao pombo
Quanto mais alto voam, maior o tombo
Eu já nem sei o que mata mais
Se o trânsito, a fome ou a guerra
Se chega alguém querendo consertar
vem logo a ordem de cima
Pega esse idiota e enterra
Todo mundo querendo descobrir seu ovo de Colombo

Zé Geraldo - Milho aos Pombos

Novas ramificações na mira da PF (AN - 01/06)

E o A Notícia continua na cola...

NOVAS RAMIFICAÇÕES NA MIRA DA PF
Delegada Julia Vergara investiga outros suspeitos citados nas interceptações telefônicas

Indícios de novos suspeitos e ramificações descobertas por meio de escutas telefônicas. Ainda há muito o que se investigar nos nove CDs e nas cerca de mil páginas dos relatórios encaminhados pela delegada Julia Vergara da Silva ao juiz, aos quais os repórteres João Cavallazzi e Felipe Pereira tiveram acesso.

Em dezembro do ano passado, quinto mês de monitoramento telefônico, os agentes que atuavam na Operação Moeda Verde precisaram interromper as escutas por causa das “ramificações” proporcionadas por um dos investigados. Isso levou a um redirecionamento das investigações, trabalho que ainda está em curso e pode incriminar pessoas cujos nomes ainda não foram citados, como reconheceu a delegada por meio da assessoria de imprensa da PF.

O juiz Zenildo Bodnar, em seu despacho que decretou a prisão preventiva de quatro dos 22 suspeitos, deixa expresso que ainda há investigações em torno de funcionários do “alto escalão do Executivo municipal” e empresários “do ramo hoteleiro”, sem citar nomes.

Outra revelação – de que uma comitiva da Prefeitura esteve no ano passado na sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, tentando derrubar uma ordem judicial que embargava o Shopping Iguatemi – deve trazer mais dor-de-cabeça para a administração Dário Berger (PSDB). Além do procurador-geral Jaime de Souza, estavam no tribunal o prefeito, o secretário de Turismo, Mário Roberto Cavallazzi, e o vereador Juarez. De acordo com a delegada, o grupo estaria “advogando interesses do Shopping Iguatemi”.

Na Polícia Federal, a previsão é ouvir 40 pessoas nos próximos 15 dias. Os depoimentos, cerca de quatro por dia, duram de duas a três horas. O prazo inicial de entrega do inquérito à Justiça Federal é 6 de junho, mas deve ser prorrogado.

MAIS CONCLUSÕES DA PF

Caso Sérgio Almeida - explosão de pedra em costão
“Verificou-se que Sérgio Almeida, médico cardiologista, recorreu aos ‘serviços’ de Juarez Silveira, de Renato Joceli, de Marcelo Vieira Nascimento e do superintendente da Floram, Francisco Rzatki, com vistas à liberação de detonação de rocha situada em Área de Preservação Permanente (APP). A atividade foi liberada pela Floram, mesmo tendo Rzatki ciência de que se tratava de APP, o que foi por ele externado para Renato Joceli nas conversas interceptadas. A equipe do Ibama elaborou laudo técnico relativo à autuação de Almeida, no qual se sugere, inclusive, a apuração das ‘responsabilidades’ pela autorização concedida pela Floram.”

Caso Floripa Shopping
“Durante o período de interceptação, constatou-se que Marcílio Guilherme Ávila manteve contatos com os alvos monitorados, sempre movido pelo interesse no andamento do processo de obtenção de licenças para a inauguração do Floripa Shopping e atuando aparentemente como um procurador de fato de Carlos Enrique Franco Amastha. De acordo com os áudios, Marcílio teria enfrentado obstáculos legais na obtenção do ‘habite-se’ do shopping, tendo sido decisiva a obtenção de parecer favorável do Ipuf e, após, a atuação da procuradoria-geral do município na defesa judicial do habite-se.”

Mário Cavallazzi X Paulo Cezar
“Uma seqüência de áudios interceptados indica a entrega, não se sabe a que título, de R$ 30 mil de Paulo Cezar Maciel da Silva (empreendedor do Shopping Iguatemi) para um encarregado de Mário Roberto Cavallazzi, secretário de Turismo”.

Caso Vilas do Santinho
“Fernando Marcondes de Mattos cobra de André Luiz Dadam (ex-diretor de licenciamento ambiental da Fatma) ajuda para aprovação do empreendimento Vilas do Santinho, dizendo que está ajudando Dadam em sua campanha eleitoral para deputado estadual e que quer a contrapartida: ‘Então, meu filho, tô fazendo coisa pra ti. Vê se você faz alguma coisa por mim’. Marcondes diz que ‘aquilo ali merece um trabalho grande nosso’, ao que Dadam diz que dará uma ‘passadinha’ na Fatma a seguir, mesmo estando afastado, e diz para Marcondes ‘ficar frio’. Dadam faz contato com Jânio Wagner Constante, da Fatma, e comentam sobre a necessidade de alteração de portaria para viabilizar o empreendimento de Marcondes. Na portaria, estava escrito: não serão concedidas licenças ambientais prévias de instalação a novos empreendimentos de qualquer porte, situados na região do aqüífero dos ingleses e do rio vermelho. Na seqüência, foram identificados áudios que tratam do recebimento de doações feitas a Dadam pela Inplac, de Marcondes. Em outra conversa, Marcondes comenta que a conta de Dadam está alta."

Caso Pizzaria Mauri
“Não dispondo de alvará para reforma e instalação de uma pizzaria em Florianópolis, o construtor sofre fiscalização da Susp e é autuado por um fiscal subordinado a Renato Joceli de Souza, que, após regular tramitação do processo, expede ordem de demolição da obra em razão de esta se apresentar em desconformidade com a legislação municipal, ultrapassando, inclusive, os limites da calçada. Antes de ser executado o ato de demolição, Renato recebe uma ligação de Aurélio Remor (secretário de Obras), solicitando ajuda. Renato, então, pede para discutir melhor o assunto, já que Aurélio diz que se trata de um amigo, um ‘irmão’ dele.”

O conteúdo acima foi extraído dos relatórios encaminhado ao juiz Zenildo Bodnar pela delegada, documentação que serviu de base para os pedidos de prisão temporária.


Caso Boate KM-7 - Jurerê
“Trata-se de empreendimento feito em Jurerê Internacional. De acordo com os áudios, a boate foi construída no entorno da Estação Ecológica de Carijós sem que houvesse autorização do Ibama. O monitoramento revelou que Rubens Bazzo (ex-diretor da Susp), informado por seu filho (Rodrigo Bazzo, servidor da Susp), tinha conhecimento de que as obras da boate seriam iniciadas independentemente da obtenção de alvará junto aos órgãos competentes. Bazzo teria, ainda, feito contato com uma pessoa de nome Marco Antônio a fim de que o mesmo aceitasse o encargo, ressaltando a necessidade de urgência no início das obras, mesmo sem a existência de autorização, solicitando compensação financeira em troca da indicação. Ainda de acordo com os áudios, Bazzo presta serviços para escritórios de projetos, ficando clara sua atuação em prol dos andamentos dos processos de tais escritórios na Susp.”

Data: 25/10/2006
Marco – Daí doutor.
Bazzo – Daí meu jovem. Meu filho falou contigo?
Marco – Não
Bazzo – Ele tá precisando, ele tá precisando, com urgência, um cara que toque duas obras pra ele.
Marco – Ah!
Bazzo – Não é pra ele. É pra um pessoal bem bom de bola aí. O Ricardo Mansur, o Álvaro Garnero.
Marco – Só cara assim.
Bazzo – É, só cara assim. É uma, é uma boate ou um restaurante. Alguma coisa assim ou uma reforma de um daqueles postos da praia de Jurerê. Não sei!
Marco – Então é com o filho, o irmão do, do Vilfredo junto, não?
Bazzo – Isso. Com o Ricardo Mansur também. Tu topa?
Marco – Como é que é o nome do teu filho? Topo!
Bazzo – Rodrigo. Mas eles querem assim tipo, pra amanhã, entende?
Marco – Tá
Bazzo – Mesmo sem alvará
Marco – Aí é problema seu!
Bazzo – Mesmo sem alvará.
Marco – Foi o Bazzo que me autorizou lá na Prefeitura. Haha... (risos)
Bazzo – É, pois é.
Marco – Qual o telefone dele?
Bazzo – Agora, se tu pegar essas duas obras boas, vê se tu não esquece do meu Natal, né cara.



Caso Sérgio Almeida

Data: 9/10/2006
Explosão de pedra em APP
Sérgio Almeida, médico cardiologista, liga pra Renato Juceli de Souza (então secretário da Susp) para falar sobre conversa com fiscal da Floram.

Sérgio – Olha só, a fiscal disse lá que vai me chamar pra fazer uma entrevista comigo...
Renato – Então, ela quer namorar já contigo!
Sérgio – E eu fiquei assim..., porque ela disse, tá, palavras dela, agora eu falei com o cara que recebeu ela lá: olha, eu acho muito pouco provável nós autorizarmos isso aqui. Ela disse isso: vocês, não façam nada no terreno, porque pode ser pior pra vocês; deixa que até o final da semana eu vou conversar com proprietário do terreno e nós vamos dar um parecer.
Renato – Que é tu! Que é tu!
Sérgio – É, sou eu, eu sei!
Renato – Deixa eu ligar pro Chicão (referindo-se a Francisco Rtzaki, à época superintendente da Floram), que eu já ligo aí.
Sérgio – Ela se pegou muito nesse negócio de ser terreno de marinha. Tá? E na realidade nós vamos tirar pouca pedra, Renato, é pouca coisa, sabe?
Renato – Sérgio, não tens que dar explicação! Deixa eu ligar pro Chicão, que eu já ligo pra ti!
Sérgio – Tá bom. Te agradeço muito, cara! Tô bem preocupado com isso aí. Brigadão, querido!

No mesmo dia, Renato liga para Chicão retransmitindo o assunto tratado com Sérgio. Indaga quem seria a fiscal e pede para Chicão dar uma olhada nisso para ele. Chicão diz: “Deixa que eu chamo ela aqui amanhã! Não esquenta!” Em11/10/2006, Chicão liga para Renato, dando retorno sobre explosão.

Chicão – O problema é o seguinte: que ali é uma APP. APP tu não pode fazer nada. Eu posso até liberar, mas o Ibama cancela.
Renato – Tá, mas libera na tua parte e deixa ele, deixa ele se entender com o Ibama, pô. Me ajuda aí.
Chicão – Eu quero ir aí falar contigo e com ele, pra explicar pra ele o seguinte: se é uma APP, você não pode fazer nada; não tem nenhum técnico que vá assinar isso aí.
Renato – Então, deixa ele detonar, deixa ele detonar a pedrinha dele então, porra! A uma pedrinha ali. (...) Então tá! Eu posso dar teu telefone então pra ele? (...)



AS DEFESAS

Rubens Bazzo e Rodrigo Bleyer Bazzo – De acordo com o advogado Acácio Marça, não há acusação formal e, por isso, ele não vai se manifestar.

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) – A superintendência do Ibama informou que os esclarecimentos serão feitos à PF.

Sérgio Almeida – De acordo o advogado Leoberto Caon, a delegada pré-condenou os envolvidos, por isso vai pedir para a Justiça anular o processo.

Renato Juceli de Souza – O advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho disse que é difícil se manifestar sobre gravações de processos em segredos de Justiça. Ele afirmou que uma tentativa de explicar o conteúdo das interceptações seria prejudicado porque as conversas ocorreram há quase um ano e o interlocutor não foi identificado. O advogado garantiu que Renato Juceli nunca recebeu dinheiro além do salário de secretário da Susp.

Marcelo Vieira Nascimento – A defesa do funcionário da Floram aguarda o relatório final da PF. O advogado Iran Wosgraus disse que só então poderá avaliar que medidas tomar.

Francisco Rzatki (Chicão) – O ex-superintendente da Floram admitiu recebeu ligações do médico Sérgio de Almeida sobre a explosão de uma rocha. Chicão afirmou que disse ao médico que havia um parecer contrário à explosão e, se houvesse outro favorável, o caso seria reanalisado por dois técnicos. Rzatki revelou que o vereador Juarez e Renato Juceli entravam em contato para pedir liberações.

André Luiz Dadam – O advogado Marcelo Mello não quis se manifestar porque o processo corre em segredo de Justiça.

Carlos Amastha – Ele esclareceu que não é mais dono do Floripa Shopping, mas, como foi o empreendedor, responde pela obra. O empresário disse que acredita na PF e na Justiça e tem certeza que vão concluir que nenhum valor foi pago por ele.

Marcílio Ávila – O presidente da Santur disse que agiu para evitar boicote ao Floripa Shopping.

Jaime de Souza – o procurador-geral de Florianópolis confirmou que agiu com empenho no caso dos shoppings porque a documentação estava correta. Ele afirmou que é uma leviandade insinuar que atuou com algum interesse.

Marcondes de Mattos – O advogado Aroldo Joaquim Camillo admitiu que o cliente colaborou com a campanha de André Luiz Dadam para deputado estadual, mas negou que a doação ocorreu em troca de favores futuros.

Jânio Wagner Constante – Sobre o suposto pedido de ajuda de André Dadam para um empreendimento, ele disse que deve ter sido procurado, mas garantiu que a portaria para viabilizar a obra não foi alterada.

Aurélio Remor – O secretário de Obras de Florianópolis não teria cometido nenhuma irregularidade de acordo com o advogado Jeancarlo Castelan. Ele aguarda o pronunciamento judicial para tomar providências.

Juarez Silveira – O advogado Rodrigo Silva afirmou que o cliente não cometeu nenhum ato ilícito e disse que não vai comentar as gravações porque o processo corre em segredo.

Dário Berger – O secretário de Comunicação da Prefeitura, Ariel Bottaro, disse que o prefeito foi para Porto Alegre tratar sobre a questão do cumprimento do ajuste de conduta para a realização do sistema viário ao redor do Shopping Iguatemi.

KM-7 – O proprietário Leandro afirmou que o Plano Diretor classifica o local onde foi construído a boate como área mista de serviços. Disse, também, que a demarcação da área da Estação Ecológica de Carijós é da década de 1980 e é limitada pela estrada velha da Daniela, fora da área onde está a boate. Declarou que um funcionário do Ibama confirmou a legalidade da obra.

Pizzaria Mauri – Não retornou as ligações feitas nos últimos dois dias.

quinta-feira, 31 de maio de 2007

DC: Polícia revela como investigou suspeitos

Diário Catarinense - 31/05/2007

Ambiente
POLÍCIA REVELA COMO INVESTIGOU SUSPEITOS

Com base nos 28 relatórios sigilosos encaminhados à Justiça Federal (JF) pela delegada Julia Vergara da Silva, o Diário Catarinense e a RBS TV revelam os principais detalhes do trabalho que deu origem à Operação Moeda Verde, da Polícia Federal (PF). A missão durou nove meses e resultou na decretação da prisão, no dia 3 de maio, de 22 suspeitos de fazer parte de um suposto esquema de corrupção para favorecer empreendimentos imobiliários na Capital.

Os documentos, obtidos com exclusividade, formam um calhamaço de quase mil páginas, entre textos e transcrições de gravações telefônicas captadas do dia 21 de julho a 19 de dezembro de 2006, todas autorizadas pela Justiça Federal.

Na introdução dos relatórios, ao resumir toda a investigação, Julia Vergara registra que "o requerimento do Ministério Público Federal (que deu origem às investigações) teve por base os indícios de crime constatados na implantação do Il Campanario, em Jurerê Internacional, pelo Grupo Habitasul".

Iniciado o monitoramento telefônico a fim de descobrir irregularidades no projeto, os agentes foram surpreendidos com ramificações proporcionadas por alvos da polícia e seus interlocutores ao telefone.

Com isso, o que era para ser investigação sobre uma obra, transformou-se em ampla varredura em empreendimentos já concluídos ou em andamento na Ilha de SC. Ao fim de nove meses gravando conversas, filmando e fotografando suspeitos, 22 pessoas, entre políticos, empresários e funcionários públicos tiveram prisão decretada pela Justiça.

Na documentação enviada ao juiz Zenildo Bodnar, a delegada afirma que "a análise do material de áudio coletado evidenciou a existência de uma verdadeira quadrilha dedicada à prática de crimes ambientais e contra a administração pública".

As ramificações do suposto esquema, segundo Julia Vergara, atingem em especial os órgãos de fiscalização ambiental do Estado (Fatma) e da Capital (Floram); a Câmara de Vereadores e a Secretaria de Urbanismo e Serviços Públicos (Susp). Segundo a policial, a "outra ponta do esquema com respaldo do poder público é ocupada por empresários ou por pessoas físicas interessadas em promover construções ou em cortar vegetação com vistas à posterior obra de edificação".

Todos os envolvidos negam participação em irregularidades. As 22 pessoas detidas no dia 3 de maio estão em liberdade, aguardando eventual processo, se for o caso. Em tese, todos podem ser ou não ser denunciados à Justiça. Até ontem, dos 30 malotes apreendidos pela Polícia Federal, 16 haviam sido analisados.

ENTENDA O CASO
O que vai acontecer
Em maio do ano passado, com base em indício de supostas irregularidades na construção do condomínio Il Campanario, em Jurerê Internacional, no Norte da Ilha de Santa Catarina, o Ministério Público Federal requisitou a abertura de inquérito à Polícia Federal (PF).
Depois de uma investigação preliminar, a PF pede a quebra do sigilo telefônico de alguns suspeitos, que começaram a ser monitorados no dia 26 de junho de 2006.
As gravações duraram até o dia 19 de dezembro daquele ano. De lá até o final de abril de 2007, os agentes federais realizaram inúmeras diligências para complementar a investigação.
No dia 29 de abril, a delegada Julia Vergara da Silva encaminhou os 28 relatórios e os respectivos áudios ao juiz Zenildo Bodnar, da Vara Ambiental Federal, requisitando a prisão temporária de 22 suspeitos e a busca e apreensão em dezenas de endereços.
Os pedidos foram deferidos e executados pela PF na manhã do dia 3 de maio. Dezessete pessoas foram detidas, em Florianópolis; duas em Porto Alegre; e três não foram localizadas - elas se apresentaram nos dias seguintes.
Todos já foram liberados pela Justiça Federal e agora aguardam o eventual processo em liberdade.
O inquérito policial deve ser concluído no fim de junho. Depois, o documento segue para o Ministério Público Federal, que pode denunciar, ou não, os suspeitos que porventura forem indiciados pela Polícia Federal.
Os denunciados serão, então, julgados pela Justiça Federal. Qualquer que seja o resultado do julgamento, cabe recurso ao Tribunal Regional Federal (TRF) e depois, ainda, aos tribunais superiores (Superior Tribunal de Justiça ou Supremo Tribunal Federal).
Ou seja: o julgamento final da Operação Moeda Verde ainda vai demorar alguns anos.

E dá-lhe A Notícia!

E os caras da redação do AN estão hoje com a macaca!
Olhae o AN Capital dessa quinta-feira:


MPF ACIONA IRMÃO DO PREFEITO
Dilmo Berger é acusado de dano ambiental em construção

O Ministério Público Federal ingressou com uma ação civil pública contra o empresário Dilmo Berger, irmão do prefeito Dário Berger (PSDB), por dano ambiental. O problema foi constatado em uma construção de uma casa no bairro Co-queiros, de frente ao mar, entre as praias da Saudade e do Meio. Na preparação do terreno, chegaram a ocorrer detonações de rochas com explosivos. Isso teria alterado as características do local e causado dano à vegetação [brincou!], segundo laudo do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

A procuradora responsável pelo caso, Analúcia Hartmann, entende que a licença emitida pela Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram), também ré na ação, não previa o desmonte de rochas e a construção do imóvel. Outro questionamento dela recai sobre a Gerência do Patrimônio da União em Santa Catarina (GRPU/SC). Segundo a procuradora, a gerência não poderia ter realizado a inscrição de ocupação do terreno por ser uma Área de Preservação Permanente (APP).

ÁREA DEGRADADA

A ação civil pede liminar para a retirada de cercas que prejudicam o acesso à orla marítima e também dos equipamentos de construção que estejam no terreno. Além disso, exige a elaboração de um Plano de Recuperação de Área Degradada (Prad). Na semana passada, o juiz federal substituto Eduardo Didonet Teixeira determinou que os acusados sejam citados. Atualmente, a obra está embargada pela Justiça Federal, a pedido do Ibama.

Além de Dilmo, o MPF ajuizou contra a mulher, Cristine Berger, e mais o município de Florianópolis e a Advocacia Geral da União. A ação foi motivada em 2005 por rivais políticos da família Berger. Os petistas Ideli Salvatti (senadora) e Mauro Passos (ex-deputado estadual) denunciaram a existência de crime ambiental para ser erguida uma residência de 1,5 mil metros quadrados. A assessoria de Dilmo informou que o empresário não vai se manifestar sobre o assunto.

FIM!
_____________________________________________


FIGURINHA

Aproveitando a notícia, vou publicar uma contribuição que recebi no e-mail do Moeda Verde...



Lembrando que esse blog é apartidário (mas não apolítico!), e a imagem está sendo publicada unicamente pela tremenda criatividade, independente da facção, partido ou movimento que ela provenha. Se a figura tivesse vindo do PFL (ops, dos "Democratas" hehe) eu publicaria igual..... hamm...... ok, ok, eu concordo que seria improvável eles terem capacidade de bolar um panfleto desses, mas usem a imaginação, caceta! Tô só supondo!

Brincadeiras à parte, tá dado o recado. De qualquer forma, como quem gosta de reclamar NUNCA SABE LER DIREITO, já tô preparado pra ouvir nego torrando meu saco. I'm shiting and walking.

1. RESUMÃO MOEDA VERDE! (AN 31/05)

Hoje o dia começou bem! São 07:00AM e para minha felicidade acabo de ver, na seção "Destaque" do Jornal A Notícia, resumão bacana sobre a Operação Moeda Verde. Este e os 3 posts abaixo são sobre a matéria publicada no jornal. A matéria já veio praticamente dividida em 4 divertidas partes:
1. Panorama geral das conclusões;
2. Conclusões preliminares de cada caso;
3. Trechos de conversas telefônicas;
4. As defesas de cada acusado.

Dá pra se entreter durante um bom tempo. Vou lá fazer mais café pra continuar o clipping hehehe. Boa leitura pra vocês e um ótimo dia!


Destaque - A Notícia - 31/05/2007

OPERAÇÃO MOEDA VERDE - O QUE DIZEM OS RELATÓRIOS DA PF
Primeiras conclusões apontam para crimes ambientais e contra a administração pública

Florianópolis

"Uma verdadeira quadrilha dedicada à prática de crimes ambientais e crimes contra a administração pública.” Essa é uma das conclusões da delegada Julia Vergara, da Polícia Federal (PF), após analisar o material com gravações envolvendo os suspeitos na Operação Moeda Verde.

Os detalhes que deram origem à operação e levaram ao pedido de prisão de 22 suspeitos, além dos bastidores da investigação, estão expostos em 28 relatórios de quase mil páginas, aos quais os repórteres João Cavallazzi e Felipe Pereira tiveram acesso. Os documentos foram encaminhados à Justiça Federal.

Na introdução dos relatórios, quando faz um resumo de toda a apuração, a delegada registra que “o requerimento do Ministério Público Federal (que deu origem às investigações) teve por base os indícios de crime constatados na implantação do empreendimento Il Campanario, em Jurerê Internacional, pelo Grupo Habitasul”. O que era para ser investigação pontual, sobre apenas uma obra, transformou-se em uma ampla varredura em empreendimentos já concluídos ou em andamento na Ilha de Santa Catarina.

As ramificações do suposto esquema, segundo Julia, atingem, principalmente, a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fatma), a Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram), a Câmara de Vereadores e a Secretaria de Urbanismo e Serviços Públicos (Susp). De acordo com a policial, a “outra ponta do esquema é ocupada por empresários ou por pessoas físicas interessadas em promover construções”. Todos os envolvidos negam participação em irregularidades. Até ontem, dos 30 malotes apreendidos pela PF, 16 haviam sido analisados pela perícia. O inquérito deve ser concluído no fim de junho. Depois, o documento segue para o Ministério Público Federal (MPF), que pode denunciar ou não os suspeitos. Qualquer que seja o resultado do julgamento da Justiça Federal, cabe recurso ao Tribunal Regional Federal (TRF).

Nos relatórios, o vereador Juarez Silveira é apontado pela polícia como “chefe” do suposto esquema. Ele aparece em quase todas as investigações, aparentemente sempre intermediando algum tipo de “favor” ou “ajuda”. Nos relatórios do caso Shopping Iguatemi, do Hospital Vita e do Supermercado Bistek, estão as conversas que, para a PF, são mais comprometedoras. Nessas e em outras interceptações, o vereador aparece solicitando carros emprestados, negociando veículos e publicação de lei, falando em dinheiro.

Nas gravações em vídeo, os alvos são André Luiz Dadam, funcionário afastado da Fatma, e o vereador Juarez. Dadam é flagrado saindo com R$ 8 mil em dinheiro da sede do Grupo Habitasul, em Jurerê Internacional, antes das eleições de 2006.

(SEGUE NOS PRÓXIMOS 3 POSTS ABAIXO)

2. As conclusões da PF (AN 31/05)

Caso Habitasul
"Nas gravações organizadas neste caso, encontra-se a intenção do Grupo Habitasul em agir contrariamente às normas ambientais, sempre com vistas à obtenção de lucro no loteamento Jurerê Internacional. Fernando Tadeu, um dos diretores do Grupo Habitasul em Porto Alegre, disse a Hélio Chevarria (representante do grupo em Florianópolis) que a loja maçônica a ser construída em Jurerê Internacional deveria ser colocada em APP, ou seja: Área de Preservação Permanente, porque assim não perderiam terreno. Em uma das conversas, Chevarria diz que está 'há anos mudando o Plano Diretor' para a escola (Colégio Energia)."

Relatório Habitasul e Juarez Silveira
"Esse trecho trata da relação entre a Habitasul, Juarez Silveira, Renato Juceli, ex-secretário da Susp, e Rubens Bazzo, funcionário da Susp. De acordo com os áudios, a Habitasul, por meio de Hélio Chevarria, liberou para Juarez Silveira a quantia de R$ 20 mil para supostas obras de reforma da Susp. O valor foi recebido na Habitasul pelo chefe de gabinete de Juarez, Itanoir Cláudio. Em outra parte, a delegada destaca que 'em outro áudio, Juarez diz a Péricles Druck (dono da Habitasul) que ninguém mudará o Plano Diretor se não for ele, e que Péricles tem que lhe 'dar a linha’ do que quer e que aí Juarez vai ‘até o inferno’ com aquela postura."

Caso Il Campanario
"Com relação ao empreendimento IL Campanario, foi realizada perícia pela PF concluindo que há área de restinga, de água subterrânea e presença de dunas no local do empreendimento e, ainda, que o curso d’água existente foi aterrado para a implementação do empreendimento. As licenças expedidas pela Fatma para o empreendimento em questão foram assinadas por André Luiz Dadam."

Caso Energia
"Em conversa com servidor do Ipuf, Rubens Bazzo diz que está com o processo da Escola Energia em Jurerê Internacional, mas que só pode deferir se a substituição da 4ª Etapa de Jurerê Internacional estiver aprovada, dizendo que 'eles fizeram a substituição da quarta etapa baseada naquela lei nova, que modificou tudo ali' (possivelmente uma lei criada sob encomenda da Habitasul) e, a seguir, Bazzo diz: ‘Eu vou aprovar essa escola aqui e depois que se f... Porque nós já deferimos a substituição aqui’ (...) Em conversa com Fábio Filippon, enteado de Percy Haensch e diretor do Grupo Energia, Hélio sugere que sejam colocadas placas no local de obras do Energia: ‘Licença de corte número tal, entendeu? Pra ir dando... né? Pra ir dando a legalidade’."

Caso Shopping Iguatemi
"Os áudios interceptados revelaram a rede de relacionamentos (e de favores) de que se valeu Paulo Cezar Maciel da Silva, empreendedor do Shopping Iguatemi. Paulo Cezar contou com a colaboração da Prefeitura, mas, principalmente, a de Juarez Silveira. Ele teria sido, no caso do Shopping Iguatemi, ‘uma espécie’ de Marcílio Ávila no caso do Shopping Florianópolis, entretanto, com uma vantagem: a de contar com um cunhado seu como secretário municipal. Para tanto, abriu portas nos órgãos pelos quais tramitaram processos para a obtenção das licenças necessárias. Em contrapartida, Juarez, seus parentes e seu chefe de gabinete teriam recebido facilidades nas concessionárias de veículos de Paulo Cezar."

Caso Bistek
"A tramitação dos processos para a aprovação da instalação do supermercado Bistek, em Florianópolis, no bairro Costeira do Pirajubaé, contou com os ‘serviços’ de Juarez, que determinou a Renato Juceli de Souza: ‘Então, tu trata ele bem aí, esse caso, tu trata bem!’. Os áudios indicam ter havido votação de projeto de lei de interesse do Grupo Bistek – possivelmente versando sobre alteração no Plano Diretor."

Caso Hospital Vita
"As gravações revelam movimentação na Câmara de Vereadores da Capital com vistas a possibilitar o empreendimento. Após ser concretizada alteração legislativa viabilizando o empreendimento, Juarez Silveira entra em contato com um dos empreendedores, Gilson Junckes, indagando se já pode passar no Dimas (revenda de carros). Juarez recebe o sinal verde para retirar veículo no setor de usados do Dimas num crédito de R$ 50 mil. Juarez escolhe um Ford Ecosport, o qual é, posteriormente, deixado para venda na Santa Fé (de Paulo Cezar)."

Dos possíveis crimes
As gravações analisadas indicam possíveis crimes contra a flora, contra a administração ambiental, formação de quadrilha, corrupção passiva, tráfico de influência e corrupção ativa.

* O conteúdo acima foi extraído dos relatórios encaminhados ao juiz Zenildo Bodnar pela delegada Julia Vergara da Silva, documentação que serviu de base para os pedidos de prisão temporária dos 22 suspeitos. A delegada Julia Vergara, da Polícia Federal, comanda as investigações.

3. Trechos de diálogos (AN 31/05)

HOSPITAL VITA


Juarez telefona para Gilson Junckes (Hospital Vita) e pergunta se pode passar na concessionária Dimas (Ford).

Juarez – Já posso passar lá na Dimas?
Gilson Junckes – A hora que sair a publicação, aí tu pega a autorização comigo e pega lá com ele.
Juarez – Não, mas aí vai demorar, porra!
Gilson – Não, ô Juarez, mas assim ó: tu sabes que já teve problema de percurso aí, as coisas mudaram e eu preferia assim, ó! Eu também tenho pressa dessa publicação porque eu também tô precisando pegar a viabilidade pra poder pegar o alvará, entendesse? E assim ó: não depende só de mim, tu sabe disso, e... eles tão me cobrando lá de São Paulo, direto: como é que tá, como é que tá, eu tô: essa semana sai, essa semana sai e não tá saindo!

Juarez – Não, mas já tá no Diário Oficial, né?
Gilson – Eu sei, mas tem que tá publicado pra poder...
Juarez – Mas o JB já não te deu uma declaração, ontem? (referindo-se ao vereador João Batista Nunes)
Gilson – Mas com essa declaração eu não consigo, não consigo fazer nada!
Juarez – Não, tudo bem. Não, entra com a consulta de viabilidade, tá?
Gilson – Então tá bom! Eu entro com a consulta de viabilidade hoje e tu...
Juarez – Entra e me dá a cópia. Esse assunto é comigo!

Obs: Segundo a PF, “a lei a que se referem é a Lei Complementar Municipal 250/2006, que alterou o zoneamento do bairro Santa Mônica, caracterizando o local de implantação do Hospital como ACI-III – Área Comunitária Institucional, na modalidade Áreas de Saúde, Assistência Social e Culto Religioso”.


SUPERMERCADO BISTEK

Trata da construção de uma filial da empresa Bistek Supermercado Ltda., de propriedade de João Carlos Ghislandi, Walter Ghislandi e Mário Cesar Ghislandi, na Costeira do Pirajabué.

Juarez – Alô?
João – Ah, bom-dia, rapaz! A respeito da nossa votação, ocorreu?
Juarez – Tudo 10!
João – Tudo 10?
Juarez – Tá? Deu tudo 10 e agora nós vamos botar no Diário Oficial. O prefeito já passa a caneta, e vai para o Diário Oficial! Mas, não tem mais coisa...
João – Mas isso é um processo rápido, né?
Juarez – Não, é rápido, é rápido! Agora não, agora dá pra tocar. Pode começar a tocar, agora vai ter o número do processo já!
João – Ahm, ahm!
Juarez – Amanhã. Hoje à tarde vai pra Prefeitura, o prefeito dá o número, com este número de lei eu já mando pra Susp, tá?
João – Certo!

4. As defesas (AN 31/05)


O QUE DIZEM OS CITADOS PELA POLÍCIA FEDERAL:


Habitasul
– A assessoria de imprensa de Jurerê Internacional, em Florianópolis, após consultar o departamento jurídico da empresa, informou que “os exemplos mencionados são trechos pinçados de conversas telefônicas que foram utilizadas totalmente fora do contexto em que ocorreram. O objetivo delas seria suportar a versão da polícia para fins de garantir medidas cautelares, tais como prisões provisórias. Mas não representam punição ou antecipação de juízo”. Sobre a loja maçônica, a iniciativa não prosperou.

Supermercado Bistek – O diretor Comercial do Supermercado Bistek, Walter Ghislandi, disse que a empresa é testemunha no caso e revelou que, hoje, um dos diretores vai à Polícia Federal prestar depoimento.

Gilson Junckes – Júlio Müller, advogado de defesa, afirmou que o carro foi emprestado para o vereador durante a campanha eleitoral. Ele disse que aguarda a conclusão das investigações para saber se haverá ação penal contra o cliente. Só então poderá se decidir sobre quais medidas adotar.

Rubens Bazzo – De acordo com Acácio Maciel Marçal, advogado de defesa, não há acusação formal e, por isso, ele não vai se manifestar. Ele disse, também, que não tem autorização do cliente para falar.

Marcelo Vieira Nascimento – A defesa do funcionário da Fundação do Meio Ambiente de Florianópolis (Floram) aguarda o relatório final da Polícia Federal. O advogado Iran Wosgraus disse que só então poderá avaliar que medidas tomar.

Juarez Silveira – O advogado Rodrigo Silva afirmou que o cliente não cometeu nenhum ato ilícito e disse que não vai comentar o as gravações porque o processo corre em segredo de Justiça.

Paulo Cezar Maciel de Souza – O advogado Alexandre Brito de Araújo, que defende o sócio-proprietário do Shopping Iguatemi, preferiu não se manifestar. Ele disse que não é possível analisar apenas trechos de conversas e só poderia emitir opinião depois de analisar o contexto.

Renato Joceli de Souza – O advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho disse que é difícil se manifestar sobre gravações de processos em segredos de Justiça. Ele afirmou que uma tentativa de explicar o conteúdo das interceptações seria prejudicada porque as conversas ocorreram há quase um ano e o interlocutor não foi identificado. No entanto, o advogado garantiu que Renato Juceli nunca recebeu dinheiro além do salário de secretário de Urbanismo e Serviços Públicos (Susp). Rosa Filho afirmou, ainda, que os bens do cliente são compatíveis com os rendimentos.

Dimas – Um gerente, que não quis se identificar, não sabe de nenhuma negociação com Gilson Junckes.

Dário Berger – O secretário de comunicação da Prefeitura, Ariel Bottaro Filho, afirmou que Dário Berger usou um carro particular durante a campanha do ano passado. Dário teria usado um carro (Ômega) de Paulo Cezar.

Itanoir Cláudio – O advogado de defesa, Constâncio Krummel Maciel Neto, afirmou que o cliente é inocente. Ele não quis fazer outros comentários porque o processo está na fase de investigação.

Percy Haensch – Conforme o advogado de defesa, Orídio Domingos Mendes Júnior, o dono do Colégio Energia não aparece em nenhuma degravação pagando ou sendo cobrado por pessoas envolvidas com o suposto esquema de comercialização de licenças. O advogado disse desconhecer as gravações contra o cliente.

André Luiz Dadam – O advogado Marcelo Mello não quis se manifestar porque o processo corre em segredo de Justiça, mas afirmou que o cliente é inocente.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

"Meu Deus do Céu!"



Só para lhes desejar uma ótima quarta-feira! =)